sexta-feira, 17 de abril de 2020
As verdades e a ilusão.
People never lie so much as after a hunt, during a war or before an election.
Otto von Bismark
As pessoas nunca mentem tanto quanto depois de uma caçada, durante uma guerra ou antes de uma eleição.
"O confinamento forçado (destinado a conter a propagação do Coronavirus) está a trazer as nossas economias a tempos semelhantes aos de uma guerra", declarou Mário Centeno, apontando que reunião do Eurogrupo será dedicada às consequências económicas do vírus.
In: O Observador - de 16 Mar 2020.
Se Bismarck e Centeno têm razão, poderemos estar numa "estação" ou numa "era" de mentiras ... ou de ilusões.
(...) Kuhn ... define misdirection as ‘the direction of attention away from the method [how the trick is done]’, and state that any methods involve attentional capture, in which attention is pulled away by an irrelevant task.
In: Where science and magic meet. Where science and magic meet: the illusion of a ‘science of magic’.
O mundo conduz-se por mentiras; quem quiser despertá-lo ou conduzi-lo terá que mentir-lhe delirantemente, e fá-lo-á com tanto mais êxito quanto mais mentir a si mesmo e se compenetrar da verdade da mentira que criou.
Fernando Pessoa
As Pandemias acontecem e quando acontecem são bem reais. O discurso e a comunicação à volta delas é que pode apontar ou valorizar algo de ilusório. Há quem defenda que afirmar que tudo voltará ao "como dantes" depois da pandemia é incentivo à ilusão. O sonho e a ilusão podem ser úteis, desde que em doses não devastadoras ou não letais.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
"Na época da ditadura...
Podíamos acelerar os nossos automóveis pelas autoestradas acima dos 120km/h sem nenhum risco e não éramos multados por radares mas...
não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem era cidadão de bem, quem era bandido e quem era terrorista mas...
não podíamos falar mal do Presidente.
Podíamos dar piropos à funcionária, à menina do "guiché" das contas a pagar ou à rececionista sem correr o risco de sermos processados por "assédio sexual" mas...
não podíamos falar mal do Presidente.
Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei! preto!), credos (esse crente aí!) ou preferências sexuais (fala! sua bicha!) e não éramos processados por "discriminação" por esse motivo mas...
não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos tomar a nossa cerveja no fim do expediente do trabalho para relaxar e conduzir o carro para casa, sem o risco de sermos lançados na delinquência e presos por estarmos "alcoolizados" mas...
não podíamos falar mal do Presidente.
Podíamos cortar a árvore do quintal, empestada de praga, sem que isso constituísse crime ambiental mas...
não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos ir a qualquer bar ou boate, em qualquer bairro da cidade, de carro, de autocarro, de bicicleta ou a pé, sem nenhum medo de sermos assaltados, carjacked, sequestrados ou assassinados mas...
não podíamos falar mal do presidente.
Hoje, a única coisa que podemos fazer...
...é falar mal do presidente!"
In: https://corisco-california.blogspot.com/2012/01/?m=0
Podíamos acelerar os nossos automóveis pelas autoestradas acima dos 120km/h sem nenhum risco e não éramos multados por radares mas...
não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem era cidadão de bem, quem era bandido e quem era terrorista mas...
não podíamos falar mal do Presidente.
Podíamos dar piropos à funcionária, à menina do "guiché" das contas a pagar ou à rececionista sem correr o risco de sermos processados por "assédio sexual" mas...
não podíamos falar mal do Presidente.
Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei! preto!), credos (esse crente aí!) ou preferências sexuais (fala! sua bicha!) e não éramos processados por "discriminação" por esse motivo mas...
não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos tomar a nossa cerveja no fim do expediente do trabalho para relaxar e conduzir o carro para casa, sem o risco de sermos lançados na delinquência e presos por estarmos "alcoolizados" mas...
não podíamos falar mal do Presidente.
Podíamos cortar a árvore do quintal, empestada de praga, sem que isso constituísse crime ambiental mas...
não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos ir a qualquer bar ou boate, em qualquer bairro da cidade, de carro, de autocarro, de bicicleta ou a pé, sem nenhum medo de sermos assaltados, carjacked, sequestrados ou assassinados mas...
não podíamos falar mal do presidente.
Hoje, a única coisa que podemos fazer...
...é falar mal do presidente!"
In: https://corisco-california.blogspot.com/2012/01/?m=0
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
The Financialization of the American Elite
"When business owners and business schools fail to regularly ask hard questions about capitalism . . . we increase the chance that when these questions are asked, they will be asked by ideologues seeking to point fingers, assign blame, and make reckless changes to the system.
One U.S. senator recently unveiled the Accountable Capitalism Act. . . . This seems both ill-considered and unlikely to work. I doubt this bill will become law.
But when capitalism goes unchecked and unexamined . . . the pendulum can quickly swing in directions where capitalism’s benefits are discounted and its flaws exaggerated. . . .
While it’s hard to see how this proposed regulation would solve the problems that .
I’ve raised tonight, it’s exactly the kind of proposal that business will have to contend with when complex issues go unexamined, and when character, sound values, restraint, and long-term thinking fail to gain the upper hand."
By Seth Klarman, via Sam Long - in americanaffairsjournal.org/2019/08/the-financialization-of-the-american-elite/
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