"Depois de perdida a "sua" localização, os defensores mais qualificados da Ota estão agora a fazer, tarde e a más horas, a discussão que sempre faltou sobre o aeroporto - a discussão política. O problema do défice de discussão sobre o novo aeroporto nunca foi técnico, foi sempre político. Muita coisa que deveria ser discutida antes foi considerada fechada e apenas prejudicando a "decisão" rápida do "governo das decisões expeditas". Os defensores da Ota, certos das suas vantagens, também achavam que o que se deveria fazer era "andar para a frente". Pagam hoje o preço de ver a mesma linguagem de meia bola e força ser usada para avançar a toda a velocidade com Alcochete.
Mas o mais interessante sobre o aeroporto, sua necessidade e tipo, sua localização e impacto, o seu papel na economia nacional, sobre os "interesses" presentes e ausentes, sobre que Portugal fará o aeroporto e sobre que aeroporto precisa Portugal, sobre o efeito da "cidade aeroportuária" como chave de desenvolvimento para todo o país ou apenas para a concentração Lisboa-Setúbal, sobre os riscos de fazer mais um "elefante branco" e destruir o pouco que resta de Portugal por estragar, tudo isto está a ser dito por pessoas como Henrique Neto e José Reis (no Prós e Contras). Henrique Neto fez aliás a mais demolidora intervenção contra o "bloco central de interesses" e contra o governo que ouvi nos últimos tempos. É tão rara que até parecia chinês. Não é preciso concordar com eles sobre Ota versus Alcochete, mas a discussão que estão a suscitar é a que sempre fez falta".
Post de: Adrupto 15.1.08
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
BCP, Vara e Berardo SGPS
A questão, parece-me, é outra.
Vara não deve nada do que é presentemente na banca à banca. Deve-o apenas ao currículo partidário e governativo. Ele e outros, de outros ou do mesmo partido. Assumir isto, os tais extraordinários accionistas assumirem isto, representa uma mudança de paradigma relativamente ao maior banco privado português - e, por tabela, ao sistema bancário nacional -, já que a CGD faz, por natureza, parte do bolo repartível entre o "centrão" mais um: o PP depois da reciclagem no governo. As últimas desvergonhas perpetradas pelas derradeiras administrações do BCP, nas quais só agora Constâncio reparou, autorizaram o avanço das patrulhas partidárias. Uma carreira puramente partidária, boa, má ou assim-assim, passou a ser mais cotada do que uma carreira exclusivamente ao serviço da gestão bancária. A culpa é de Armando Vara? "
Post de: Portugal dos Pequeninos - Publicada por João Gonçalves em 27.12.07
Etiquetas:
Política
Subscrever:
Mensagens (Atom)