Paisagens da Ilha de S. Jorge - Verão de 2008 - Arquipelago dos Açores - Portugal (Azores)
Confessamos que para quem está no Faial a iniciativa de ir a S. Jorge é sentida como a de um habitante de Lisboa quando decide ir à Almada ou à Caparica: quase como um - "vou ali a S. Jorge e já volto". Uma vez lá chegados (à Vila das Velas) há que resolver a questão dos transporte motorizado uma vez que uma solução pedestre ou de bicicleta, numa ilha longa e de relevo acidentado como o desta, pode ser relativamente penosa .
Há alojamento turistico organizado na ilha mas, como estivemos por lá apenas entre a chegada do primeiro "Expresso" e a partida do ultimo, não necessitamos dele.
A primeira sensação que tivemos foi a de que os aglomerados estão, quase sempre lá em baixo (junto ao mar) e que o mundo rural está lá em cima (na zona alta da ilha) ... e que o desnivel é relevante. A segunda sensação é a perpectiva diferente do Canal e a impressionamte silhueta da Ilha e Vulção do Pico.
Logo pela manhã, antes de partir, na Horta (Faial) a rapaziada integrada no Campeonato Regional de Vela Ligeira inicia os preparativos para as regatas integradas na "Semana do Mar".
E, ao sair da área portuária, a cidade da Horta desfila para os olhares e objectivas dos passageiros do "Expresso".
... ficando, momentos depois, a Horta no extremo do rasto de espuma das helices do navio ...
Minutos depois, estamos a chegar à Madalena (Pico) ... passando pelos respectivos Ilhéus.
Descarregados alguns ... e carregados outros, o navio ruma a S. Roque (ainda no Pico)
... e a costa NW da ilha (Pico - Lagido) impressiona pela diferença e por uma "urbanidade rural" muito própria.
S. Roque (do Pico) à vista ...
Novamente depois das manobras habituais do descarrega e do carrega ... o navio ruma a Norte, com destino à Vila das Velas (S. Jorge).
Este canal foi quase todo o tempo liso como um lago mas, a meio, tal não parecia pois só de ver o baloiçar deste veleiro, apetecia tomar comprimido para enjoo.
Ponta dos Rosais (S. Jorge) à vista.
E Vila das Velas (S. Jorge) já a "distancia de tiro".
E eis-nos chegados ao Cais das Velas, onde aguarda uma multidão com intenções de embarcar rumo ao Pico e ao Faial.
Depois das "manigancias" necessárias a conseguir um carro de aluguer que se não tinha reservado, há que por rodas à estrada e começar a trepar as ladeiras que levam aos caminhos interiores e longitudinais. E, ainda a vendo pelo canto do olho, Velas ficam para tras.
O interior: Daqui a sensação de estarmos num navio de dimensões colossais não é descabida. De um lado avista-se a Ilha Graciosa e do outro o enorme vulcão do Pico.
No extremo poente, o Farol da Ponta dos Rosais e as abandonadas instalações de apoio à navegação, provavelmente da época do pós WWII.
E, pelo caminho, o pitoresco Parque Florestal, com uma meia duzia de exoticos Porcos da India.
Chegados à costa Norte, deparamo-nos com a vista da conhecida sequencia de Fajãs, tão caracteristica desta ilha.
E como as horas não param, a do almoço já chegou e é necessario escolher uma Fajã com serviços minimos de restauração. E a do "Ouvidor" serviu, perfeitamente.
Pela Fajã dos Cubres ...
Fajã de Santo Cristo, ao longe
Tanto faz olhar para trás ou para a frente, que o "espanto" é o mesmo ...
Terceira, ao longe ...
Ilhéu do Topo.
Descida para a Calhêta de S. Jorge.
Antiga Fábrica de Conservas ... em estado de semi-abandono ....
Ponta da Queimada (costa Sul - junto das Velas)
Velas, alí ao lado mas, para lá chegar é preciso subir e contornar a "rocha" ...
De regresso às Velas ...
Restos de antigo forte, sobre o cais.
Zona balnear das Velas
Uns partem para o Pico ...
E nós regressamos à Horta (Faial), via S. Roque e Madalena (Pico)
A Ilha fica ... mas a imagem e a boa memória seguem connosco
Horta, ao longe ...
Na passagem pela Madalena, rumo à Horta já era noite ...
E, na aproximação ao Faial, as luzes da avenida, em Semana de Mar, dão um sinal que, por alí há mais vida (e festa) depois do por-do-sol.
Já em terra, na Horta - de regresso à animação da Semana do Mar.
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