domingo, 1 de dezembro de 2013

O BIPARTIDARISMO E AS OPÇÕES (IN)EXISTENTES



 O BIPARTIDARISMO E AS OPÇÕES (IN)EXISTENTES





A POLITICA DA IDIOTICE,
DO CORSO OU DA INVEJA/O ÓDIO?







“The argument that the two parties should represent opposed ideals and policies, one, perhaps, of the Right and the other of the Left, is a foolish idea acceptable only to doctrinaire and academic thinkers.”
Prof. Carroll Quigley


"O resultado da conhecida encenação politica bipartidária é de que os Europeus, Americanos, assim como a maioria dos cidadãos dos países do Mundo Ocidental, são vítimas duma grande ilusão.

Os eleitores tem sido iludidos ao terem sido levados a pensar que estavam participando no seu próprio destino politico quando, na realidade, estavam a ser arrebanhados num feudalismo de alta tecnologia, sem o seu consentimento e, em grande medida, sem o seu conhecimento.

Isto é conseguido através da miragem de uma escolha útil em época de eleições quando, na realidade, os maiores partidos e seus candidatos são apenas dois ramos da mesma árvore - frequentemente a do "colectivismo" global.


Os eleitores hoje não são atraídos pelos candidatos por causa de seus princípios políticos. Embora havendo excepões, regra geral eles não têm muitos, ou mesmo nenhuns. De qualquer forma os princípios políticos nem são permitidos como tema de debate.

Em vez disso, os eleitores fazem escolhas com base na boa aparência dos candidatos, nos seus sorrisos, na avaliação do quão "espertos" eles são em debates televisivos, na percepção acerca da sua sinceridade e, especialmente, no volume de "benefícios" que eles prometem dar a alguns cidadãos mas que serão pagos com impostos a incidir sobre outros cidadãos. "Pilhagem" legalizada pode ser um poderoso motivador e pode ser usada com precisão pelos dois maiores partidos.


Muitos eleitores têm vindo a considerar as eleições como jogos magníficos em que apenas os concorrentes mais inteligentes merecem ganhar. Ficam fascinados pelas estratégias, recursos e técnicas adoptadas para se esquivarem de questões difíceis; pelo ar inteligente nas apresentações ou “spots” televisivos e pela capacidade para atrair grandes massas de votos. Eles, os eleitores, realmente não se importam com quem ganha, desde que consigam posicionar-se do lado do vencedor. Para eles a eleição é como fazer apostas num jogo de futebol ou num Totobola. Eles podem gostar mais de uma equipa do que doutra mas vão apostar na equipa que julgam ter maiores probabilidades de ganhar, mesmo não sendo a sua favorita. Para eles, os eleitores, ganhar é tudo.


E é assim que votam. Podem até preferir um determinado candidato, mas não votarão nele se acham que outro vai ganhar. Quantas vezes já ouvimos: "Eu gosto do “António Sampaio” mas ele não consegue vencer. Assim sendo, votarei no “José Barroso”."

O que os "media" tem a fazer é convencer os eleitores de que “António Sampaio” não conseguirá ganhar (alegando sondagens ou usando outras técnicas), e isso influenciará gente suficiente a redireccionar o seu voto e tornar uma mera previsão num desfecho eleitoral real e concreto.

O objectivo fundamental do voto não é o de escolher um vencedor mas para sim de expressar uma escolha. Trata-se de estabelecer um registo público do numero de pessoas que apoiam as políticas e princípios de um determinado candidato, de tal forma que, mesmo que ele não saia vencedor, o vencedor e a comunidade fiquem cientes do apoio que o candidato perdedor tem. Esta é a mais importante sondagem de opinião pública.

Nós poderemos não ter interesse num sistema em que o vencedor fique com tudo; onde aqueles que se considera terem as melhores perspectivas de ganhar recebam uma esmagadora, mas enganosa, votação de apoio.

Um tirano que receba 51% dos votos comportar-se-á de forma mais contida do que um que receba 80%.  Um bom cidadão que receba 49% dos votos, apesar de não sair vencedor, torna-se um concorrente de peso para aqueles de mente semelhante. Ele torna-se, nessa circunstância, num concorrente muito mais sério às eleições seguintes do que seria depois duma eleição onde apenas tivesse conseguido 20% dos votos.

Não faz qualquer sentido votar num candidato a menos que isso seja a expressão da nossa escolha. Escolha de Governação Representativa é coisa séria e lidá-la como se de apostas de Totobola se tratasse é sucumbir às políticas da estupidez.


Existe um terceiro cenário que é ainda pior que os anteriores. Os eleitores poderão votar em “António Sampaio”, não porque achem que ele tenha melhores perspectivas que “José Barroso”, mas porque acham que ele é o menor dos males, ou o menos diabólico. Assim votam não a favor dum candidato mas contra o outro. Não é que eles gostem do candidato “A”, mas assim expressam o seu ódio ao candidato “B”. Isto é exactamente aquilo que está prescrito pela Fórmula de Quigley .

Quigley escreveu que num sistema controlado por dois partidos é permitido que os eleitores “expulsem os patifes  e que estes sejam substituídos por uma nova equipa, com novo vigor, podendo assim o governo continuar num regime bi- partidário, direccionado ao colectivismo global, ou a outro propósito, e com o apoio do eleitorado - até ao ciclo seguinte, altura em que talvez seja vantajoso regressar novamente à governação do partido anterior. Se os eleitores se questionarem porque razão está o mal instalado no Governo, a resposta é porque nele votaram. O menor de dois males é ainda um mal.
 

Esta é a política do ódio e é arma eficaz contra aqueles que não estão cientes desta táctica - ou seja: a maioria dos eleitores.

A votação num candidato porque odiamos o outro, e pensar que não podemos ir para fora do sistema bipartidário porque um terceiro candidato não tem chances de ganhar, é uma armadilha . Para escapar a essa armadilha temos de entender não apenas a Fórmula Quigley, mas também mais qualquer coisa  "

 
 

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