Caloura - São Miguel - Açores
Pelo Cerco e pela Galera o ambiente não era muito diferente.
Os cruzeiros da temporada primaveril de 2018 (Abril) também
passaram pela Caloura e por toda a costa sul da ilha de S. Miguel. Todavia são
mundos diferentes, que não se intersectam, e que vivem cada um de forma
autónoma. A passagem do navio não comove nem os que estão na piscina ou
restaurante do cais, nem os que estão no restaurante ou bar do hotel. É
apenas uma maravilha técnica que passa; sinal de civilização alheia que
"pouco" resultou da nossa iniciativa, acção ou condução.
Caloura Hotel & Resort
Não podemos determinar qual é o melhor recanto da ilha para
veraneio. Essa avaliação depende sempre das referências pessoais ou culturais
de cada um, dos seus requisitos de recreio e das sua memórias e experiências
passadas. De qualquer forma, a Caloura está seguramente bem próxima dos locais
cimeiros das preferências dos locais e de muitos estrangeiros.
Convento da Caloura
"No formoso Vale de
Cabaços, próximo do seu porto, entre as rochas moldadas pelo fogo dos vulcões,
incessantemente batidas e galgadas pelo mar do Atlântico, ergue-se a ermida do
convento da Caloura."
"(...) A história desta
Casa Recoleta remonta a 4 de julho de 1525, altura em que a Vila Franca do
Campo estava a sofrer com os malefícios da peste. Para escapar à devastação
deste mal contagioso, um nobre varão chamado Jorge da Motta, Cavaleiro do Hábito
de Avis, fugiu para uma quinta sua e aí criou a sua filha Petronilha da Mota,
mais tarde, Maria de Jesus (nome religioso) que logo fez amizade com Maria dos
Anjos. Estas decidiram servir a Deus na condição de se tornarem religiosas numa
ermida em Santa Clara, em Ponta Delgada. No entanto, nunca chegaram ao destino
inicial pretendido, pois ao chegarem ao cume da ladeira do Pisão e vendo no
vale da Caloura uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Conceição decidiram que
tinha sido inspiração divina fazerem morada nessa mesma ermida. Viveram as duas
companheiras na ermida, seis meses, numa clausura total. Só depois, outros
peregrinos, ao verem a devoção das duas amigas, acabaram por se juntar a estas.
Com a Bula Apostólica, o Convento passa a ser aceite oficialmente como mosteiro
e aí, durante dez anos viveram 27 freiras. No entanto, como o mosteiro estava
junto ao mar e era um lugar despovoado, as freiras temiam os piratas que
naquela altura navegavam aqueles mares. Isto obrigou as freiras a se mudarem
daquele mosteiro e, consequentemente, a fundarem um outro em Vila Franca, o
Mosteiro de Santo André. Também mais tarde, outras freiras, da mesma Casa
Recoleta da Caloura, fundaram o Convento de Nossa Senhora da Esperança, na
cidade de Ponta Delgada. Ficou, deste modo, o Convento da Caloura deserto até
ao ano de 1663, altura em que o Bispo D. João Pimenta D’Abreu deu licença aos
Eremitas de Nossa Senhora da Conceição para o virem habitar, uma vez que o
convento destes tinha sido destruído pelos sismos e vulcões que na altura assolavam
as Furnas. Atualmente pertence aos herdeiros de António de Albuquerque Jácome
Correia. Classificado pelo Governo Regional como Imóvel de Interesse Público, o
Convento da Caloura, é realmente uma obra religiosa de grande valor cultural,
arquitetónico e patrimonial."
http://lagoa-acores.pt/
Pelo Cerco e pela Galera o ambiente não era muito diferente.
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