GUERRA, CONQUISTA, ESPÓLIO E SUBJUGAÇÃO.
Sobre as consequências impostas por vencedores a vencidos.
Segundo John Maynar Keynes, na sua publicação intitulada:
THE ECONOMIC CONSEQUENCES OF PEACE (Grande Guerra . Tratado de Versalhes - 1919)
É de notar que, na antiguidade, a facção vencedora de uma guerra capturava todos os bens do vencido e escravizava o povo pertencente à parte derrotada. Nas Guerras Civis acontecia coisa semelhante e na Portuguesa os vencidos foram também espoliados. Por vezes quem "financiava" o conflito imponha ao vencedor um pagamento ou retorno correspondente a boa parte do valor do espólio capturado ao vencido.
Nas guerras económicas e financeiras a tradição ou ciencia militar também se aplica. Espólio pode assumir outros nomes e a servitude (prima da escravatura) também.
A obra acima mencionada dá uma ideia clara dessas realidades e faz a ponte entre processos, lexico e a terminologia moderna da guerra e paz com realidades imemoriais associadas a conflitos armados humanos.
A propósito do Tratado que adveio da capitulação da Alemanha na Primeira Guerra (Tratado de Versalhes), da sua expoliação e prolongada subjugação económica a título de "Compensações de Guerra", Keynes escreveu o seguinte:
"Não se pode ignorar, em termos de resultados associados à produção de excedentes, que baixar o padrão de vida de uma comunidade actua em dois sentidos. Além do mais há pouco conhecimento sobre a psicologia da raça branca em condições de vida proximas da servidão.
É, contudo, suposto que se todos os excedentes de produção de um homem forem retirados dele, a sua eficiencia e sua industriosidade diminuem. O empreendedor e o inventor não imaginarão (ou planearão), o comerciante e o logista não acumularão (entesourarão), o trabalhador não labutará, se os frutos da sua industria ou esforço forem desviados, não para o beneficio dos seus filhos, da sua aposentação, do seu orgulho ou da sua posição, mas sim para o desfrute de um conquistador estrangeiro."
"It cannot be overlooked, in passing, that in its results on a country's surplus productivity a lowering of the standard of life acts both ways. Moreove, we are without experience of the psychology of a white race under conditions little short of servitude. It is, however, generaly supposed that if a whole of a man's surplus production is taken from him, his eficiency and his industry are diminished. The enterpreneur and the inventor will not contrive, the trader and shopkeeper will not save, the laborer will not toil, if the fruits of their industry are set aside, not for benefit of their children, their old age, their priide, or their position, but for the enjoyment of a foreigner conqueror."
Um país subjugado por uma dívida "soberana", por uma máquina fiscal recolectora, por um sistema judicial e policial que decidam e forçem a aceitação das decisões associadas à "recolha", pode não ser um país livre mas uma "colónia" ao serviço da organização ou personalidade credora. E se a maioria dos excendentes da industriosidade e actividade da população forem retirados por via fiscal ou administrativa, a vitalidade da colectividade tende a extinguir-se.
Sobre as consequências impostas por vencedores a vencidos.
Segundo John Maynar Keynes, na sua publicação intitulada:
THE ECONOMIC CONSEQUENCES OF PEACE (Grande Guerra . Tratado de Versalhes - 1919)
É de notar que, na antiguidade, a facção vencedora de uma guerra capturava todos os bens do vencido e escravizava o povo pertencente à parte derrotada. Nas Guerras Civis acontecia coisa semelhante e na Portuguesa os vencidos foram também espoliados. Por vezes quem "financiava" o conflito imponha ao vencedor um pagamento ou retorno correspondente a boa parte do valor do espólio capturado ao vencido.
Nas guerras económicas e financeiras a tradição ou ciencia militar também se aplica. Espólio pode assumir outros nomes e a servitude (prima da escravatura) também.
A obra acima mencionada dá uma ideia clara dessas realidades e faz a ponte entre processos, lexico e a terminologia moderna da guerra e paz com realidades imemoriais associadas a conflitos armados humanos.
A propósito do Tratado que adveio da capitulação da Alemanha na Primeira Guerra (Tratado de Versalhes), da sua expoliação e prolongada subjugação económica a título de "Compensações de Guerra", Keynes escreveu o seguinte:
"Não se pode ignorar, em termos de resultados associados à produção de excedentes, que baixar o padrão de vida de uma comunidade actua em dois sentidos. Além do mais há pouco conhecimento sobre a psicologia da raça branca em condições de vida proximas da servidão.
É, contudo, suposto que se todos os excedentes de produção de um homem forem retirados dele, a sua eficiencia e sua industriosidade diminuem. O empreendedor e o inventor não imaginarão (ou planearão), o comerciante e o logista não acumularão (entesourarão), o trabalhador não labutará, se os frutos da sua industria ou esforço forem desviados, não para o beneficio dos seus filhos, da sua aposentação, do seu orgulho ou da sua posição, mas sim para o desfrute de um conquistador estrangeiro."
"It cannot be overlooked, in passing, that in its results on a country's surplus productivity a lowering of the standard of life acts both ways. Moreove, we are without experience of the psychology of a white race under conditions little short of servitude. It is, however, generaly supposed that if a whole of a man's surplus production is taken from him, his eficiency and his industry are diminished. The enterpreneur and the inventor will not contrive, the trader and shopkeeper will not save, the laborer will not toil, if the fruits of their industry are set aside, not for benefit of their children, their old age, their priide, or their position, but for the enjoyment of a foreigner conqueror."
Um país subjugado por uma dívida "soberana", por uma máquina fiscal recolectora, por um sistema judicial e policial que decidam e forçem a aceitação das decisões associadas à "recolha", pode não ser um país livre mas uma "colónia" ao serviço da organização ou personalidade credora. E se a maioria dos excendentes da industriosidade e actividade da população forem retirados por via fiscal ou administrativa, a vitalidade da colectividade tende a extinguir-se.
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