terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Futuro Casino - Ponta Delgada - Ilha de S. Miguel Açores (Azores)


 Futuro Casino - Ponta Delgada - Ilha de S. Miguel
Açores (Azores)
2007
 
 Vamos a ver se os vícios a vender por este casino serão para nos "depenar" ou para "depenar outros"!


Em 2009
Em 2009 já alguma coisa havia sido alterada da Calhêta .... e, supostamente, no contrato de concessão também ...




Em finais de 2013, passados 6 anos ...



No jogo da Roleta, ou do Blackjack , ainda ninguém ali perdeu (ou foi depenado). Mas, provavelmente, alguns nunca receberam (nem receberão) o que ali puseram (já estão depenados). E dizem que, também e como sempre, existem as excepções: aqueles que já viram o seu (€'s), a tempo, a horas e generosamente ... e que, assim, ficaram com o colchão feito de penas dos outros  ...

Presentemente ... parece uma gigantesca parede em estado de degradação, a fazer sombra à Calheta. Nem jogo, nem comercio, nem hotelaria, nem turistas, nem dinheiro para ... E dizem que, apesar de todos os impoderáveis do futuro de então,  tudo isto já era na altura claramente previsível  ... mas .... Mas ..., previsões existem muitas: as que interessam ou não; as que convêm ou não; as que são uteis ou não ...






... Quem perdeu, dificilmente recuperará; quem ganhou dificilmente perderá ... Portanto, para a frente está o caminho e esse caminho pode ser: deixar aquele "amontoado" para ali a criar "couves" e ferrugem; demolir aquilo ou, ainda, encontrar alguém que repague o acabamento e sustente a exploração (sim, aquilo depois de pronto terá grande despesa permanente). 
E quem quer ali por €€€ do seu bolso? Que uso se poderá dar aquilo compatível com os incontornáveis custos de exploração? Casino para que procura? Centro comercial para que clientes e carteiras ... a canibalizar que concorrente? Centro cultural para que patrocinadores? Hotel para que turistas? 
Se calhar poderia servir de Quartel General do FMI, sucursal da NSA, Call-Center da Unicre, centro de formação do MI6 ... Polo Universitário dos Guias da Natureza, sede da Associação dos Empreiteiros das Obras Maritimas do Atlântico, sede da Associação de Municipios  ...delegação da Assembeia Regional, Residencia Assistida à Terceira Idade,  Hospital ou IPO do Atlântico; sede da SATA Internacional ... ou Sede da Associação dos Arquitectos do Regime.  Alguma coisa se á de arranjar.










E, silenciosamente, as ervas vão crescendo, a ferrugem alastrando, o lixo se acumulando ... e a memória das causas se desvanecendo.
Dentro  de algum tempo aparecerá algum guardião do Oráculo dos assuntos Político-Económicos e Empresariais vindo a publico dizer que o orçamento da comunidade terá (novamente) de abraçar esta "maravilha", que, mais uma vez não teve parto natural e seguro devido à proverbial inépcia e incompetência dos agentes privados (contraposta à proverbial omnisciência e responsabilidade dos poderes público-partidários nessa altura no comando). E a mensagem passará e será absorvida ... depois de esquecido que, uma obra com esta localização e envergadura, exigiu um enorme subsidio que chegou através do Governo ... e uma enorme licença que chegou através da Câmara (gerada internamente e adicionada às do Governo). Uma obra destas envolveu pareceres (ou decisão de os direccionar ou ignorar) de entidades politico-partidárias, finaceiras (adm. publica e bancos), urbanísticas, turísticas, económicas, ambientais, protecção civil, etc. Por aqui pareceu existir um "inédito" concerto de interesses, supra partidário, que permitiu aquilo que quase nenhum privado independente imaginaria ser possível obter.



E, nessa altura, quando o assunto do "refinanciamento" das obras voltar (directa ou indirectamente) aos Planos e Orçamentos Públicos, já poucos se irão lembrar de que: se tratou de um grande e valioso terreno público (não privado), conquistado sobre a antiga Calheta Pêro de Teive aquando das obras de prolongamento da Avenida Marginal; que a cedência do terreno foi feita mediante Concurso Publico, para o qual os Poderes Eleitos da Região tiveram a acessoria especializada que entenderam apropriada; que existiu mais do que um concorrente e que o processo sofreu uma "inexplicada" inflexão de decisão antes do seu termino; que o contrato tinha, como obriga a lei, previsões de prazos e consequências para o não cumprimentos das sua clausulas; que esta obra não foi decidida nem executada na Pré-História e, portanto, continua por ai quem saiba bem mais deste processo do que quem escreveu estes texto ....
E, mesmo que se lembrem, será que isso fará alguma diferença? Uma coisa é certa: alguém vai pagar o acabamento ou demolição daquilo - e tenho a impressão que não serão os turistas, nem os jogadores de "BlackJack" nem tão pouco os que estiveram envolvidos nas decisões, conselhos, projectos ou execução do que lá está.

Todavia, como dizia o outro: c'est la vie". As coisas foram como foram ... e falta acabar o resto "comme il faut". Já agora, se for demolida pelo menos uma parte, haverá muita gente que aplaudirá.



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