A Vila de Água do Pau é sitia
onde se passava frequentemente, sempre que se fazia a ligação rodoviária entre
Ponta Delgada e Vila Franca. E a imagem que ficava era a do largo central e da
feira de frutas e hortícolas, assim como do troço entre a Igreja e o limite
nascente do aglomerado.
Todavia, Água do Pau é mais do que apenas o que se vê numa passagem de carro. Basta subir à Ermida de Nossa Senhora do Monte ou percorrer a zona periférica da Vila para descobrir uma realidade diferente (e agradável) daquilo que é a visão habitual do viajante rodoviário.
Todavia, Água do Pau é mais do que apenas o que se vê numa passagem de carro. Basta subir à Ermida de Nossa Senhora do Monte ou percorrer a zona periférica da Vila para descobrir uma realidade diferente (e agradável) daquilo que é a visão habitual do viajante rodoviário.
Muita alteração foi feita, nas últimas décadas, algumas mais úteis; outras menos; umas de "gráfica" mais adequada ao lugar; outras mais exóticas, cubistas e sépticas ao gosto de alguma arquitectura "insossa" moderna. Todavia a ligação rural do local mantém-se visível, assim como a vida pelas ruas. Se existe localidade onde as infra-estruturas publicas se mantêm cuidadas e em bom estado; se existem localidade rural onde a generalidade do parque habitacional se mantêm bem cuidado, este é um desses locais.
Um dos sinais da invasão da vila por "Objectos Estranhos" à necessidade, dimensão, grafismo e tradição da localidade, é esta escola gigantesca, feita na sequencia de muitas outras que padeceram dos mesmo mal de desadequação, nomeadamente a de Ponta Garça e da Eprosec (nos Arrifes).
Esperamos estar enganados, mas o destino duma escola desta dimensão e caracteristicas, numa pequena localidade como esta, e com os custos de exploração necessariamente associados, torna fácil antecipar a imagem que terá daqui a uma década.
O smbolo desta Vila é a Ermida de Nossa Senhora do Monte, lá no alto do pico que, segundo a lenda, a porca furou.
Local de peregrinação, terá tido mais uma
influencia local do que uma disseminação pela ilha. Mas apesar da afluência não
ser grande, o local mantém-se primorosamente arranjado e limpo.
Se há local de onde se pode ter uma vista abrangente da Caloura (lugar da Vila de Água do Pau), o cimo deste monte é um deles.
Até Ponta Delgada se vislumbra, por dos campos adjacentes e para além da baia da Lagoa.
Abaixo - Vista da Vila, a partir da Rua do Pico de Cima.
... e, ao longe, para nascente, o Ilhéu de Vila Franca.
A maior e melhor surpresa: a vista da Caloura.
... com o "Cinzeiro" pelo meio ...
E com a Galera (ou Cerco) ao fundo ...
..
.O excelente Hotel da Caloura ao fundo, em posição
privilegiada ...
Para muitos, apesar de trabalharem em Ponta Delgada, ou noutra localidade, este é o local de eleição para residencia de Verão.
E quem desce em direcção à Caloura encontra, à
direita, uma via estreita direccionada a local chamado "Cinzeiro",
com anuncio da existência de ermida - devotada a S. Pedro Gonçalves Telmo. E se
existe ermida bem tratada por estas ilhas, esta é uma delas.
À Caloura sempre esteve associado algum veraneio. Noutros tempos mais associado à vinha e pesca; presentemente mais associado a actividades balneares.
Se há hotel nestas ilhas bem adaptado ao espírito
insular Atlântico e à natureza vulcânica destas ilhas, o Hotel da Caloura é um
dos raros exemplos bem sucedidos - quer na gráfica, quer na localização, quer
nos arranjos exteriores, quer na sua gestão e direcção. O Hotel de Água d'Álto podia ter tido um curso semelhante mas ... nasceu na hora e pelas mãos erradas ... e assim ... este ficou com "exclusivo".
Parece que a Água do Pau é sitio onde mais facilmente
os humanos entram na imortalidade. Por aqui existem placas evocativas de cada
passo que as autoridades governativas, municipais, locais ou particulares deram
nos últimos anos. Não sei fazer juízo adequado a essa moda, mas que acrescenta
tempo de vida dos nomeados na memória dos transeuntes, lá isso acrescenta.
E, já agora, talvez pudessem vender publicamente licenças para colocação dos nomes de outros interessados na eternidade e, como escreveu Camões - "em da lei da morte se libertar" ... desde que não seja no cemitério.
E, já agora, talvez pudessem vender publicamente licenças para colocação dos nomes de outros interessados na eternidade e, como escreveu Camões - "em da lei da morte se libertar" ... desde que não seja no cemitério.
Só neste largo, a menos de cinquenta metros uma da outra, existem duas placas com praticamente os mesmos nomeados, E há ainda lugar para muitas mais.
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