terça-feira, 26 de agosto de 2014

Ilhéu de Vila Franca do Campo - Açores (Azores)



Na costa sul da Ilha de S. Miguel, em frente da Vila Franca do Campo, a 500 m da costa e 1000 e poucos do porto, encontram-se os restos de vulcão marinho, e cratera inundada, a que se dá o nome de Ilhéu de Vila Franca.
Desde o início da colonização (à 5 séculos) que é referido em “crónicas”, tendo passado por detalhe estranho na costa a local de abrigo náutico, a zona de pastoreio ou de plantação de vinhas (privado até aos anos 80). Chegou aos dias de hoje como local de recreio e lazer público.




Embora a travessia de barco se faça em poucos minutos, esta é realizada num único barco com autorização para lá acostar e consequentemente, as filas de espera no mês de Agosto podem existir.
Presentemente as visitas diárias estão limitadas através do número de passagens vendidas: 400 pessoas diárias; crianças incluídas.
 

 
 


 
 
 Cada locais tem os seus exotismos de lazer mas para quem gosta de mar e de natureza dificilmente encontra  algo tão marcante como este minúsculo vulcão marinho.










As "golas", fendas na parede da cratera que permitem a passagem de água do exterior para o interior da cratera, são uma das curiosidades que alimentam o imaginário de muitos. A que fica junto ao areal é aquela que, sem grande perigo, maior animação proporciona.








O exterior do Ilhéu tem grande declive e águas profundas. Mas a trasnparencia da água a a riquesa da vida subaquatica local convidam ao mergulho - e conferem à visita uma certa dose de adrenalia.

Como espaço descolado da costa e, por enquanto, protegido pelo Governo, a pressão humana sobre a vida animal aqui é reduzida. Assim, estes caranguejos fidalgos (Grapsus adscencionis) proliferam e espreitam das fendas da rocha, pastando tranquilamente os musgos que aqui crescem.







Este Ilhéu não é só espaço de solário, banhos salgados, conversa e caranguejos; a geologia exótica reclama claramente a atenção. As formas que o mar bravio de inverso esculpiram nestes piroclástos consolidados podem transportar a imaginação para as origens destas ilhas e para fenómenos telúricos que só são confortáveis de se ver ao longe (no tempo ou no espaço).

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 





À alguns anos atrás quem quisesse vir ao ilhéu em barco próprio não tinha especial impedimento. Presentemente esses movimentos são vigiados e impedidos. Mesmo assim, todos se aproximam para ver, ou sentir, o "microclima".
 
 
 
 
 




O vai e vem do antigo "barco do Cafua" continua de hora a hora ou consoante a concentração da procura.
  
Após algumas horas a torrar ao sol descoberto e salgado do Ilhéu, começa o cálculo acerca da melhor hora para o regresso. É que as multidões costumam comportar-se como os bandos de pombos: quando meia dúzia decide sair, os outros copiam-lhes os movimentos. Resultado: congestão no cais e espera de lugar no barco.

 
 
 
 
 
 
 

Praia da Vinha da Areia (ou das Francesas), e Aquaparque, junto da entrada do porto.


 
De regresso ao porto de Vila Franca, já com o céu coberto. Após um dia de sol directo, um pouco se sombra não sabe mal.

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